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Curta brasileiro "Meu Pequeno Sentinela" vence prêmio de Melhor Montagem em festival na Itália

  • gazetadevarginhasi
  • 6 de mai.
  • 2 min de leitura


O curta-metragem brasileiro Meu Pequeno Sentinela mal estreou e já começa a se destacar no circuito internacional. A produção, que teve sua primeira exibição pública no início de abril durante o MAZ CINE, em Varginha (MG), acaba de ser premiada com o troféu de Melhor Montagem no prestigiado Assurdo Film Festival, realizado no dia 10 de abril de 2025, em Milão, na Itália.
O reconhecimento foi concedido aos montadores Elisa Aleva e Lucas Marques. A conquista representa um marco importante para o cinema independente brasileiro, sobretudo por se tratar de uma obra mineira.
Produzido por Lucas Maciel Belo, o filme retrata, sob uma perspectiva brasileira, o drama de uma mãe separada de seu filho durante a Segunda Guerra Mundial. “Ver nosso filme, agora, na Itália, falando de um tema tão deles quanto nosso, é mágico. O cinema é atemporal, sem fronteiras, mas ver o cinema brasileiro ser condecorado numa sala italiana é de emocionar”, relatou o produtor executivo.
Um dos grandes destaques do filme é a estreia do jovem ator Gabriel Favaro, bolsista do Ponto de Cultura MAZ, que vem da periferia de Varginha e já brilha em sua primeira participação internacional. Ao lado dele está a premiada atriz Marina Azze, reconhecida por sua atuação potente e sua defesa por um cinema inclusivo e representativo. “Esse foi o meu primeiro filme após a pandemia. Pensamos em desistir todos os dias, mas esses prêmios nos impulsionam. Trabalhar com Gabrielzinho e com essa equipe ímpar, trazendo uma linguagem tão universal, nos enche de orgulho e esperança”, afirmou a atriz.
Com direção de Lucas Marques, o curta apresenta uma narrativa sensível e poética, focada na separação entre mãe e filho no contexto da guerra. “A montagem é onde o filme realmente nasce. Receber esse prêmio da Itália é ainda mais simbólico, já que é para lá que o filho da protagonista parte para lutar. O Brasil teve papel importante no solo italiano durante a guerra. Isso torna tudo ainda mais significativo”, disse o diretor.
Entre os 75 filmes premiados no festival — com produções vindas de países como Hungria, EUA, Holanda, Canadá, Austrália, China, Índia, Equador, Itália e França — apenas três brasileiros foram reconhecidos: um curta do Rio Grande do Sul, uma coprodução Brasil/EUA e Meu Pequeno Sentinela, o único representante mineiro.
A conquista, segundo o produtor Lucas Maciel Belo, “é a prova de que um cinema feito com verdade, baseado em formação e inclusão, pode atravessar fronteiras e emocionar públicos em diferentes culturas”. Ele ainda ressaltou a importância do Ponto de Cultura MAZ, espaço que une arte e transformação social, na formação da equipe do filme.
Realizado por meio da Lei Paulo Gustavo Municipal de Varginha, o curta segue agora para novos festivais nacionais e internacionais, levando com ele o talento e a potência do cinema produzido fora dos grandes centros — e que já mostra que seus horizontes são ilimitados.

Gazeta de Varginha

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