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EUA cancelam isenção comercial para Shein, Temu e empresas chinesas sob governo Trump

  • gazetadevarginhasi
  • 2 de mai.
  • 2 min de leitura
Reprodução
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O governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu nesta sexta-feira (2) a isenção de impostos para remessas de baixo valor vindas da China e de Hong Kong. A medida afeta diretamente gigantes do e-commerce como Shein, Temu, AliExpress, além de ter como alvo traficantes de fentanil que utilizam brechas no sistema postal norte-americano.

Até então, itens com valor inferior a US$ 800 enviados a pessoas físicas nos EUA estavam isentos de inspeções alfandegárias e tarifas. Com a mudança, essas remessas agora pagarão um imposto de 120% sobre o valor do pacote ou uma taxa fixa de US$ 100 por envio – valor que subirá para US$ 200 em junho. Com isso, remetentes se preparam para possíveis atrasos e tumultos nos aeroportos.
O fim da isenção ocorre em meio à retórica cada vez mais agressiva de Trump contra a China, acusada pelo republicano de práticas comerciais desleais e de ser responsável pela epidemia de fentanil que matou quase 75 mil americanos em 2023.

Criada em 1938 e ampliada durante o governo de Barack Obama, a isenção visava aliviar a burocracia nos trâmites alfandegários. No entanto, dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA mostram que o número de remessas isentas saltou mais de 600% na última década, ultraando 1 bilhão de pacotes apenas em 2023.

A isenção vinha sendo amplamente usada por plataformas de comércio eletrônico com sede na China. Shein, Temu (da PDD Holdings) e AliExpress (do grupo Alibaba) despacham milhões de pacotes com preços baixos diretamente aos consumidores americanos. O sucesso dessas plataformas, inclusive, motivou a Amazon a lançar seu próprio serviço de importação com descontos, o Haul.

Entretanto, além das preocupações comerciais, a política virou alvo de críticas por facilitar a entrada de substâncias ilícitas. Em 2023, uma investigação da Reuters mostrou que era possível importar, por meio da isenção, precursores químicos suficientes para fabricar milhões de comprimidos de fentanil, disfarçados como eletrônicos ou outros produtos.

Críticos também alegam que a isenção permitia a evasão de tarifas sobre produtos chineses e enfraquecia o cumprimento de normas que proíbem mercadorias produzidas com trabalho forçado.

O impacto para a economia chinesa pode ser expressivo. Segundo a corretora Nomura, as remessas diretas ao consumidor representaram US$ 240 bilhões em exportações da China no ano ado — 7% das vendas externas e cerca de 1,3% do PIB do país. Com a medida dos EUA, a expectativa é que o crescimento das exportações desacelere em 1,3 ponto percentual e o do PIB chinês em 0,2 ponto. Os setores mais afetados devem ser os de vestuário (35% das remessas diretas), eletrônicos (22%), decoração (17%) e cosméticos (7%).

A Shein não comentou a decisão. Em 2023, a empresa já havia pedido uma reforma na política comercial dos EUA, defendendo “regras iguais para todos”. Temu, AliExpress e Amazon não responderam aos pedidos de posicionamento.

Fonte:Cnn

Gazeta de Varginha

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